sexta-feira, 16 de julho de 2010

Sobre o aniversário de Rebeka e como educar as crianças...

9 anos.

Parece que foi ontem que essa guria nasceu O.o Estou ficando velha. ;/ haha
Talvez seja a sobrinha mais "apegada" a mim. Nunca vi puxar tanto meu saco hahahaha tadinha...
Uma guria ótima e inteligente. (mais que a tia =x).

Fizemos um bolinho simples uns docinhos, coisa pouca, só para alguns amiguinhos. Parabéns, presentinhos (a tia boba deu um celular.) tudo indo muito bem... Então, uma guriazinha da rua onde ela mora gruda na mesa e não sai mais. Fica ali minutos olhando o bolo e os doces mesmo depois de ter comido duas vezes. Todos vão embora e essa guria fica.
Estou na cozinha com minha irmã e cunhado, ele estava comendo bolo e a guria com os olhos grudados... Minha irmã comenta baixinho, meu cunhado ri e eu... bem... me viro pra ela e pergunto:

- Que mais lindinha?
 Ela abre um sorriso.
- QUERO!

Coloquei um pedação de bolo e mais doces, quando ela terminou e eu perguntei novamente.

- Outro pedaço?

Minha irmã me recrima. Eu respondo.

- Oras, tem bolo pra caramba aí... Vou encher essa guria de bolo ela vai ter uma caganeira tão grande á noite que nunca mais ela vai ficar com esse "zoião".

haishiauhsiuahsuhaiushaiuhsiuahiushauihsiuahsiuhauihsiuahsuia

Minha irmã.

- Coitada. (risos)

Enchi a guria de bolo, raspei a cobertura de chocolate e coloquei por cima. Ela foi embora com a barriga na boca e eu desejei uma boa noite. (:


Felicidades, Rebekinha :*** s2

Tamires Prado.

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Teletransporte e os japoneses.

Mas, hein?!

Todos sabem que após perder a segunda guerra mundial o Japão foi obrigado a entregar todas as armas e assinar um tratado se comprometendo a não mais fabricar artefatos bélicos. Então o Japão concentrou suas forças na reconstrução do país e em tecnologias*. Ok.
Vários robôs capazes de fazer coisas incríveis, computadores inteligentes, avanço na medicina com uso do AI**. Tudo muito lindo, mas aonde está o teletransporte, japoneses?
Vemos em filmes, desenhos e livros todos querendo materializar a máquina do tempo, o que não deixa de ser um teletransporte também, mas veja só, não quero voltar no tempo... Quero apenas poder me transportar para lugares distantes (ou até mesmo perto) em segundos.

Quem nunca um dia estava cansado, com dor de barriga ou mesmo correndo contra o tempo e desejou desesperadamente fechar os olhos e quando abrir aparecer no local almejado?
As pessoas mais legais e com afinidades moram longe e do que precisamos? Um teletransporte!

Por favor, senhores japoneses inventem logo a droga do telatransporte.
Grata.
Tamires Prado.












*Dei uma embromada na parte histórica, mas foi mais ou menos isso aí mesmo que aconteceu, não lembro detalhes.

**Inteligência artificial.

quinta-feira, 8 de julho de 2010

“Colar”, “Pescar”, Roubar.


Férias são legais. Afinal você se mata o semestre todo e espera uma recompensa... Férias e nada de provas finais.


Fui da um apoio moral aos meus coleguinhas que ficaram na final de Finanças. Cheguei lá, muita movimentação, o povo se “reencontrando” depois do pequeno recesso, aquela “alegria”.



- Oxe?! Ta fazendo o quê aqui? – Umas três pessoas me perguntaram.

- Nada. Apenas passeando – Foi a minha resposta.



Todos se arrumando nas carteiras, as “pescas” em lugares mais inusitados do mundo. E eu pensei: “Poha, na prova final? Pescar?” enfim...

Grande parte não estudou (o semestre inteiro), outra parte sempre leva o “apoio” para o caso de esquecer. Em ambos os casos acho TOSCO.



Lembro-me de minha primeira prova na faculdade. Todos armavam as pescas e eu me mantive de canto.



- Não vai pescar?

- Não, valeu.

- Passa pesca?

- Se você quiser olhar minha prova, eu não vou criar dificuldades, mas não reclame por erros, depois.

- Ok.



Final da prova.



- Você não pesca mesmo, hein?! Hahaha Pesquei muito, me dei bem...

- Legal. xD Eu não pesco porque tento ser o menos hipócrita possível. (todos somos, não adianta negar.) – continuei. – E tenho um orgulho muito grande pra deixar que a nota da minha prova seja atribuída a outra pessoa. (:

Acho que na época não entendeu bem, mas tudo bem.

Certa vez em uma aula de ética, muitos se mostraram indignados com o “governo”, ladrão, corrupto. Todos os políticos são assim.

Eu ri.

- Qual a graça? Explique.



Não existe diferença entre quem rouba aqui (pescando, mentindo, copiando, colando, enganando) e quem rouba lá (no governo). A única diferença é espacial. Ele está lá e você aqui. Se estivesse lá, faria a mesma coisa, assim como ele fez quando esteve aqui.



Fui clara? Acho que apenas para alguns.

Somos humanos inacabados, sei. Não somos perfeitos, mas tente, ao menos, não ser hipócrita. (:

Ser coerente é o mínimo que se espera de uma pessoa e cada dia mais a incoerência toma conta.

Se você engana que moral você tem pra se revoltar com quem faz o mesmo(mesmo que em proporções diferentes).



Eleições aí. Boa escolha!

domingo, 4 de julho de 2010

Fechando a porta.


Importa-se se eu fechar a porta?


É que sua presença não me agrada, seu sorriso falso me enoja e sua pseudo felicidade deixa-me entediada.

Importa-se de ir embora?

Seu jeito falso, suas palavras afetadas e sua boca jorrando mentiras não me interessam.

Seu falso interesse me deixa nauseada. E é algo desnecessário, pois eu vejo através das máscaras.

“E o que vê?”

Nada, absolutamente nada.

Com licença.



*Fecha a porta*

sábado, 3 de julho de 2010

Lenda (2)

15 anos depois.






Aquela noite nunca foi esquecida. O menino da sexta-feira tinha raptado uma criança e passados 15 anos, ninguém, nunca, teve coragem de ir reclamar a menina.

O menino agora era um homem e a garotinha, Helena, uma linda jovem.

Ela sempre se perguntou por que nunca ninguém foi atrás dela e o porquê ela nunca teve vontade de ir embora do castelo.

A verdade é que era muito mais fácil criar lendas, inventar histórias e ter medo do que enfrentar a verdade e descobrir que todas as suas idéias são falsas.



Ele não voltou mais naquela cidade, agora a Helena estava com ele e a sua leveza e beleza o deixavam embriagado de ternura, paz e amor. Sentimentos que sempre procurou indo na cidade, mas só encontrou quando trouxe a menina com ele.

No aniversário de 15 anos do rapto da Helena, ela fez um bolo. Ela contava sua idade a partir daquela data, segundo ela, “foi quando comecei a viver.”



- Por que você faz isso todos os anos, menina?

- Faz tanto tempo e você ainda me trata assim, me chama assim, não sou mais uma menina. Você sabe disso. _Respondeu Helena visivelmente irritada.

- Você sempre será uma menina, que fala demais, pra mim... _Ele sorriu.

- Acho que quero voltar á cidade – Falou de forma espontânea.

- O Quê? Por quê? Pra quê? Aquelas pessoas nunca se importaram com você se importassem teria vindo aqui e arrancado você de mim. _ Ele disso bastante alterado.

- Você sabe me magoar, menino da sexta – feira. – Disse e o deixou sozinho.



Ele odiava quando ela o chamava assim, ela sabia seu nome, tinha perturbado tanto que ele acabou por ceder e finalmente disse como se chamava, mas ela insistia em chamá-lo de “menino da sexta-feira” apenas para irritá-lo.

Ela havia crescido e os sentimentos estavam confusos entre os dois. Não era mais uma brincadeira, muita coisa havia mudado e a vontade dela de voltar o deixava maluco, porque tinha medo de perdê-la pra sempre.

E a mãe da Helena? Como estaria? Por que diabos ela não havia ido atrás da filha?

Eram questões que o afligiam, mas o sorriso da Helena o fazia esquecer tudo.

Odiava ter que magoá-la, doía muito mais nele do que nela. Como fazê-la entender? Ela precisava ficar ali, com ele, pra sempre.



EGOÍSTA.



Mas todos são, oras, e por acaso aquele povo todo não é? Nunca nem quis saber o que aconteceu pra ele se isolar naquele castelo sozinho, durante anos, desde criança. Preferiram criar mitos e lendas. Fugir. Covardes!



HIPOCRÍTA.



Não estaria sendo como eles? Se afastando por medo, privando a Helena de uma vida normal, pelo simples fato de não querer encarar a vida?

-Você não sabe o que aconteceu comigo, Helena – disse ele muito, mas muito mais tarde mesmo.



- Nunca quis contar-me, foges, tens medo até mesmo de mim. Injusto.

- Não, não sou injusto, apenas me reservo o direito de manter-me seguro no meu silêncio, no meu passado e você, pode sair daqui quando quiser, não foi um seqüestro, lembra-se? Você pediu para vim.

- Acho que chegou a hora de voltar. Eu tentei salvar você, mas você não deixou.



Helena voltaria. Qual seria a reação daqueles que durante tantos anos foram omissos com seu sumiço?

A volta pra casa foi dolorosa...

mas a cada parada do ônibus a dor descia...

Não é a primeira vez, não é verdade? Serviu de lição, aprendizado e morte eterna do que ainda restava de mais "humano" em mim... Parece um pouco dramático, mas a verdade é que, agora, eu não sinto mais nada e você tem grande parcela de "culpa" nisso.

Nada de desculpas ou explicações, eu não quero!
Ás vezes, a pessoa que você mais ama, nem existe é pura invenção da sua cabeça, idealização ou algo parecido... É doloroso acabar com essa doce ilusão.

Tudo bem, eu não sinto mais nada mesmo...
Nem dor, nem rancor, muito menos, amor!

Obrigada.

Tamires Prado.