sábado, 23 de abril de 2011

Sobre livros, sobre mim...


Não consigo me lembrar qual foi o primeiro livro que li. Lembro, porém, quando eu me apaixonei por eles.                                                                                                                            

Existem pessoas que dizem não gostar de ler. Isso eu realmente não consigo imaginar, só pode ser alguém que nunca leu. Só pode. Não há outra explicação. Os livros te contam histórias, memórias, reais ou inventadas, assustadoras e lindas. Histórias que te fazem viajar, imaginar, pensar, chorar. Histórias capazes de te emocionar. Então como pode alguém não gostar de ler? Algumas coisas minha simples mente não consegue entender e essa é uma delas.
Acabei a leitura de “A menina que roubava livros” e pensei: “CARAMBA, que história! Que bela história, que linda, triste, emocionante história. Quero mais histórias como essa.”
Um livro que te transporta para Rua Himmel na Alemanha nazista. Um livro que te faz sentir e viver aqueles anos. O livro sobre amor incondicional, sobre esperança, sobre ternura, sobre livros e principalmente sobre o poder das palavras.
Quando terminei “A cidade de sol” Um livro sobre duas mulheres afegãs, me senti outra pessoa. Exatamente isso. Eu era uma quando comecei a leitura, quando sentia ódio da submissão daquelas mulheres, quando não conseguia entender aquela “maldita” cultura. E finalmente outra ao final do livro, quando você percebe que a idéia do autor é exatamente essa, é fazer você conhecer aquela cultura tão diferente da nossa e que consideramos “maldita” por ser diferente. Mas a Laila e a Mariam nos ensina muito mais do que respeitar sua cultura, nos ensina que todos somos humanos, demasiadamente humanos e que mesmo com todas as coisas ruins que somos capazes de ser e fazer, ainda devemos  ter fé um nos outros.
“Veronika decide morrer” de Paulo Coelho foi, talvez, o livro que mais li na vida. 7 vezes.  E ao contrário do que o filme desse livro mostra, não é uma história de amor entre dois personagens. É uma história de amor a vida de todos os personagens. E uma história de como não damos o devido valor a vida até o momento que ela ameaça acabar.
E eu poderia citar milhares de outros livros e autores que já li na minha vida, mas como não é possível, fica a dica de três. Leiam. Discuta comigo. Discorde. Reflitam.  
O que sei é que sem os livros eu não seria a metade do que sou hoje. Tudo que sou é “culpa” também dos livros que li. Eu sou um pedaço de cada livro e o melhor, sou um livro sem fim, pois estarei em cada página dos livros que já li, não como personagem, claro, mas como leitora.

Ótimo feriado a todos

domingo, 17 de abril de 2011

Perdendo a capacidade de escrever.

Hoje eu abrir o Word para tentar escrever um texto pra o blog. Pensei, pensei e nada saiu. Foi quando algo assustador passou pela minha cabeça.

Eu perdi a capacidade de escrever.

Já não escrevia tão bem assim, mas agora parece que as palavras me faltam com mais freqüência do que alguns meses atrás.
Relendo esse blog eu percebo que ele é meio sombrio. E por quê?  Eu só escrevi algo do que realmente gostei quando estava triste, deprimida, down.  Então concluí que estar feliz não inspira. Peguei alguns dos meus textos favoritos da Jane Austen, Hermann Hesse, Clarice Lispector, Florbela Espanca e Machado de Assis. Inglesa, Alemão/suíço, Brasileira/o e uma portuguesa. O que eles têm em comum? (Além da capacidade de me emocionar, me fazer viajar e apaixonar). Os seus melhores textos têm cunho melancólico. Será que a melancolia é inspiradora? E se for, por quê?  

Quando se está feliz não sobra tempo para mais nada, Clarice?

O que é preciso para escrever? Papel e caneta? Word e teclado? Paixão e solidão?
Colocar o pessimismo, a desesperança, o sofrimento pra fora é mais fácil? Não. Sim. Não sei. O que sei é que sinto falta, sinto falta de escrever, mesmo que meus escritos sejam medíocres.

O homem é um ser ansioso pela felicidade; no entanto, não a suporta por muito tempo.

Por que será, hein Hesse? 

Hoje é só um texto de perguntas, perguntas sem resposta.